sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Leis, regras e normas são fronteiras de sistema

Por vezes você encontra alguém que, numa determinada circunstância crítica, lhe diz:

Eu quero fazer isto, mas a LEI me LIMITA.

Esta metaforização da limitação da LEI é muito verdadeira. Em nossas expressões figuradas estão verdades as quais nunca nos damos conta, pois pela força da repetição, acabam nos passando desapercebidas.

Vamos analisar um caso de nossa vida. Alguém te faz raiva no trânsito, te dá uma fechada. Qual é o seu primeiro reflexo ? É agredir o "desinfeliz". Então, após contar até dois ou três, você se lembra que existe a LEI. E o que diz a lei ? A agressão é prevista no Código Penal, artigo 129:

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Detalhes podem ser obtidos a partir de um exemplar deste Código Penal.

Ora, então o indivíduo é impedido de agredir o outro não pelo uso de uma roupa protetora, nem por uma gaiola, e nem por uma cerca. Ele é impedido e limitado pela consciência de que existe a LEI. E qual é a diferença entre um obstáculo físico e um psicológico (como o estabelecido pela LEI) ? Nenhuma.

Outro exemplo é a ordem que o pai dá para o filho pequeno. Uma ordem é uma REGRA. O pai diz ao filho: não mexa nas facas da cozinha. O filho ficará, a partir daquele momento, com um dilema na mente estabelecido por esta REGRA: mexo ou não mexo. Quero mexer, mas não posso, pois meu pai falou e vai ficar bravo se eu desobedecer. O ficar bravo é a PENA resultante da quebra da REGRA, da quebra da LEI., com uma consequente punição física ou ocupacional (ficar sem TV, sem videogame, etc).

Conclusão

As LEIS, REGRAS e NORMAS estabelecem limites psicológicos ou sociais sobre nossas ações e comportamentos, tão eficientes quanto LIMITES físicos (cercas, portas, muros).