terça-feira, 13 de outubro de 2009

Como se define um sistema - V

Em uma conversa corriqueira de trabalho, foi proposta uma situação interessante e que está confundindo algumas pessoas em nosso trabalho:

Alguns empregados possuem procuração para representar a empresa. Uma procuração é um documento que garante a uma pessoa representar a outra. E quem está dando poderes a estes empregados é o Presidente da empresa, tanto que é a sua assinatura que está embaixo destas procurações.

NOTA: Em nosso modo de encarar os sistemas, o Presidente é a autoridade nesta situação proposta (um sistema).

As procurações dão às pessoas uma autoridade transferida durante certo tempo e delimitam um contexto (espaço lógico). Elas tem um prazo de validade (tempo) para fazerem valer (valer-validade) um direito de representação.

A questão surgida foi:

O Presidente saiu, mas o prazo de validade não expirou. Pergunta:

Esta procuração ainda vale ?

Não vou fazer suspense, e vou responder: segundo o modelo de sistemas que estamos apresentando, ela vale.

AUTORIDADE

Uma grande confusão que se faz se deve à construção errônea de nossa língua:

"Fulano é uma autoridade"

Errado e absurdo, pois Fulano tem a AUTORIDADE num certo contexto (ESPAÇO: a empresa em que trabalha) e num certo momento (TEMPO: duração da sua gestão).

NOTA: Não estamos discutindo a ciência do direito, e sim o nosso método de encarar os sistemas.

Portanto, em nosso método, apresentado até agora, uma procuração é um "triângulo" com três pontas: AUTORIDADE, ESPAÇO e TEMPO.

Agora faça um exercício mental e extenda este sistema para os contratos celebrados entre as pessoas e as empresas. Se tiver dúvidas, me envie um email.

Observação

No caso em pauta, a empresa tem que tomar o cuidado de anular as procurações daqueles dirigentes que não estão mais respondendo pela responsabilidade que reza a procuração que lhes foi dada.

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