sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mapas Mentais como ferramenta de auxílio à Gestão do Conhecimento

Em nosso tempo tem se procurado estabelecer os fluxos dos processos das grandes corporações como forma de não perder o Conhecimento que está na cabeça dos experts das diversas áreas.

Ao abordar processos, podemos nos deixar enganar pela crença de que eles são os apropriados para a atividade fim das empresas. O mais importante no Conhecimento empresarial é compreender as idéias envolvidas, e não tentar descrever o Sistema Empresarial pelos seus processos. Isto é inexato.

Os mapas mentais

Os mapas mentais abordam a cadeia e as relações entre as idéias derivadas em primeiro, segundo e nº grau em relação à ideia principal do Negócio em Questão. Não é preciso explicitar cada ideia de forma muito precisa em relação à ideia principal. É como uma referência apenas, com anotações. Várias pessoas farão vários tipos de ligações entre as idéias. Uns entrarão em detalhes em uma determinada direção do assunto, mas todos os mapas mentais são válidos.


A partir de um mapa como este, podem surgir novas versões, à medida em que são colocadas novas ideias relacionadas à ideia central. Pode-se dar coeficientes de relacionamento decrescentes, à medida en que uma  ideia se afasta da central.

Pode-se também descobrir que o assunto está inserido em algo maior:


Se você está escrevendo uma tese, seu orientador pode lhe pedir para falar também sobre o contexto em que seu assunto está inserido.

Conclusão

Os mapas mentais são ferramentas de exploração da organização do conhecimento, e são a porta de entrada para planejar a sua Gestão.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Que tipo de linguagem devemos usar ?


Que tipo de linguagem devemos utilizar ?

A língua das nações que se transformaram em países tem um vocabulário rico, e seu vernáculo tende a aumentar. Já a língua de nações que continuam mantendo valores tribais, como alguns países árabes e africanos e habitantes de ilhas do Atlântico e até do Pacífico tendem a se manter estáticas. Em nações desta estirpe, os novos elementos são vistos como uma ameaça às tradições e aos costumes milenares.
Os costumes em evolução e a vida urbana, bem como a tecnologia, tendem a fazer com que o vocabulário da língua de um país se avolume. Os acordos comerciais internacionais, assim como a absorção de cultura estrangeira também provocam a incorporação de novos vocábulos.

O vocabulário

Em termos de crescimento humano, é esperado que o indivíduo adquira, em determinado momento, a capacidade de pronunciar palavras que ouviu, analisar padrões de ordem e circunstância das mesmas, e depois desenvolver seu raciocínio expressando-o com palavras. Com o empenho da vontade do indivíduo para melhorar o raciocínio, espera-se que este vocabulário aumente, devido à exposição a novos contextos, novas opiniões, outras línguas, etc.
Um estudo recente levado a termo pela Universidade de Bauru, em trabalho de Ana Cláudia Bortolozzi, verificou a relação entre vocabulário e o QI (Quociente de Inteligência). Dentre as várias conclusões, o aumento do vocabulário mostrou relação com o aumento do QI.

As Redes Neurais

As ideias do contexto de nossa existência precisam ser expressas por símbolos em nosso cérebro, pois ele é um equipamento e precisa de dados concretos para representá-las. Estes dados concretos são as palavras, seja em que língua os mesmos se apresentem.
E as relações entre as ideias (pois elas não existem solitárias, são tão gregárias quantos nós como pessoas) formam redes neurais em nosso cérebro. Já foi demonstrado que os neurônios trabalham em Assembleia.
Estas redes neurais, portanto, são mais poderosas quanto mais conceitos relacionados elas são capazes de ligar na hora em que o indivíduo pensa em uma determinada situação. E como elas ligam ideias, REPRESENTADAS PELAS PALAVRAS (símbolos das ideias), seu poder é proporcional ao número de PALAVRAS ligadas naquele momento.
Pelo exposto, conhecer um grande número de palavras ajuda tanto no conhecimento quanto no desenvolvimento da linguagem, quanto no entendimento de uma situação, tornando o indivíduo mais articulado no uso da Linguagem. É como uma bola de neve.

Conclusão parcial

Ora, se a aquisição de mais vocabulário aumenta o domínio da linguagem, e até o QI, percebemos que a linguagem é uma ferramenta muito útil em nossa vida prática, ultrapassando as simples finalidades de leitura e escrita.

Como devemos usar a linguagem ?

A dúvida está em que direção devemos utilizar esta poderosa ferramenta: devemos falar na linguagem de quem nos ouve ou na linguagem citadina com seus ricos elementos ?
Comunicadores dos regimes de exceção e também dos regimes fascistas e nacionalistas souberam manipular o pensamento da população através de uma linguagem dirigida. Novas expressões foram criadas em função de novos conceitos que precisavam ser fixados nas mentes dos ouvintes. Nesta situação, o vocabulário era aumentado. Novas situações, novos conceitos, novas expressões e novas palavras.
Mas e numa situação do dia a dia de um mundo já estabilizado econômica e politicamente ?
A pergunta expressa já um erro de interpretação, pois hoje existem situações críticas sem armas. Por associarmos nossa situação cotidiana a algo estático, julgamos que vivemos em estabilidade, pensamento este que mantém o ser humano na estagnação. De forma nenhuma. Cada dia se constitui em incremento de vocabulário (nesta nossa abordagem da linguagem). Se ao final do dia você julgar que nada foi para a frente, leia algum artigo interessante na mídia. Este hábito também traz saúde, e é recomendado para quem está apresentando problemas de memória.

Princípio do Convencimento

Portanto, se falamos algo, devemos ser simples, mas não simplistas. E se queremos CONVENCER alguém de alguma coisa, devemos utilizar a linguagem como uma Arma. Para isto, devemos operar linguisticamente num nível ligeiramente superior a quem nos ouve, pois a intenção é sobrepujar o discurso do outro. O vocabulário é a munição desta Arma da qual falamos.

A linguagem, nesta geração das redes sociais veio sendo empobrecida de elementos como conjunções, pronomes, adjetivos e até artigos. As inversões não são mais usadas. Isto proporciona comunicação rápida, mas NÃO PERMITE O CONVENCIMENTO. Quem nos ouve, nesta tentativa de convencimento, acha que está em posição de igualdade. Quem fica em igualdade NÂO ESTÀ SENDO SOBREPUJADO E NEM CONVENCIDO. A mídia simples das rádios e TVs tentam perverter este princípio, dizendo: “FALAMOS A LÍNGUA DO POVO”. Devemos nós fazer isto também ?

Vejamos o caso das ciências jurídicas. As petições não empregam a linguagem popular. Elas tem se simplificado, mas não estão falando a linguagem de rua. A linguagem por elas utilizada é a de convencimento, e este deve seguir o princípio citado anteriormente.

Um exemplo popular

Os “Call-centers” migraram para a linguagem popular, para ideias simplistas, e o que aconteceu ? O cliente se acha igual a quem o atende do outro lado da linha (pois sabem que se trata de gente inexperiente) desacatam os atendentes sistematicamente. Eles podem dar explicações simples, mas não de forma simplista. É preciso ter um discurso elaborado, sem ser pedante, mas com forte conteúdo linguístico. E isto é uma arma de propaganda, que tem que ser bem usada.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Tempo e Geometria


Chegamos, em 1906, à fronteira do conhecimento do Tempo. De conceito abstrato, o Tempo passou a lugar de honra nos terrenos quase concretos. Antes só existiam metáforas como:

  • Linha do Tempo
  • Tempo perdido
  • Intervalo de Tempo
  • Tempo compreendido entre …
  • Perda de Tempo
  • Espaço/Tempo

A última metáfora passou a ser praticamente um símbolo: o Espaço/Tempo. A Física muitas vezes tira suas conclusões de arroubos linguísticos. Podem chamar de inconsciente coletivo, verdades inclusivas ou conhecimento universal; o fato é que até poetas proferem verdades científicas em seus poemas, sem ter consciência disto.

No caso do Tempo, sua influência sobre nossa vida forçou a sua concretização, inicialmente nos ciclos das estações e colheitas, passando para o método científico. Medir o tempo de uma reação ou de um fenômeno, na física ou na química, é fundamental.

Quando a matemática evoluiu para a representação gráfica, transferiu para as suas “filhas e dependentes” - a física e a química – as curvas e as escalas. Então os fenômenos que evoluem em função do tempo começaram a ser representados no plano cartesiano, na forma de um fator contra o tempo.

O Tempo pode ser então classificado como uma invenção, uma das mais úteis, do homem. Mas quando se fala em Tempo, ele é puramente conceito. Ele se torna concreto e quase palpável quando visto como INTERVALO. Este sim pode ser visualmente representado. Não existe um Tempo estático, portanto ele não pode ser representado por um Ponto. Se o pudesse, significaria que TODO o Tempo foi comprimido em um único local SEM EXTENSÃO.

Uma metáfora quase chega ao Tempo comprimido em um Ponto: a Vida. Quando se fala na existência de uma pessoa, diz-se: “A Vida daquele Senhor foi muito longa”. A palavra Vida se reduz a um ponto, mas a expressão “foi muito longa” denota Intervalo.

E, portanto, como a única representação válida do Tempo é o intervalo, ele estabelece princípio (ou início) e término (fim).