Chegamos, em 1906, à
fronteira do conhecimento do Tempo. De conceito abstrato, o Tempo
passou a lugar de honra nos terrenos quase concretos. Antes só
existiam metáforas como:
- Linha do Tempo
- Tempo perdido
- Intervalo de Tempo
- Tempo compreendido entre …
- Perda de Tempo
- Espaço/Tempo
A última
metáfora passou a ser praticamente um símbolo: o Espaço/Tempo.
A Física muitas vezes tira suas conclusões de arroubos
linguísticos. Podem chamar de inconsciente coletivo, verdades
inclusivas ou conhecimento universal; o fato é que até poetas
proferem verdades científicas em seus poemas, sem ter consciência
disto.
No caso
do Tempo, sua influência sobre nossa vida forçou a sua
concretização, inicialmente nos ciclos das estações e colheitas,
passando para o método científico. Medir o tempo de uma reação ou
de um fenômeno, na física ou na química, é fundamental.
Quando a
matemática evoluiu para a representação gráfica, transferiu para
as suas “filhas e dependentes” - a física e a química – as
curvas e as escalas. Então os fenômenos que evoluem em função do
tempo começaram a ser representados no plano cartesiano, na forma de
um fator contra o tempo.
O Tempo
pode ser então classificado como uma invenção, uma das mais úteis,
do homem. Mas quando se fala em Tempo, ele é puramente conceito. Ele
se torna concreto e quase palpável quando visto como INTERVALO. Este
sim pode ser visualmente representado. Não existe um Tempo estático,
portanto ele não pode ser representado por um Ponto. Se o pudesse,
significaria que TODO o Tempo foi comprimido em um único local SEM
EXTENSÃO.
Uma
metáfora quase chega ao Tempo comprimido em um Ponto: a Vida. Quando
se fala na existência de uma pessoa, diz-se: “A Vida daquele
Senhor foi muito longa”. A palavra Vida se reduz a um ponto, mas a
expressão “foi muito longa” denota Intervalo.
E,
portanto, como a única representação válida do Tempo é o
intervalo, ele estabelece princípio (ou início) e término (fim).
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