quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Tempo e Geometria


Chegamos, em 1906, à fronteira do conhecimento do Tempo. De conceito abstrato, o Tempo passou a lugar de honra nos terrenos quase concretos. Antes só existiam metáforas como:

  • Linha do Tempo
  • Tempo perdido
  • Intervalo de Tempo
  • Tempo compreendido entre …
  • Perda de Tempo
  • Espaço/Tempo

A última metáfora passou a ser praticamente um símbolo: o Espaço/Tempo. A Física muitas vezes tira suas conclusões de arroubos linguísticos. Podem chamar de inconsciente coletivo, verdades inclusivas ou conhecimento universal; o fato é que até poetas proferem verdades científicas em seus poemas, sem ter consciência disto.

No caso do Tempo, sua influência sobre nossa vida forçou a sua concretização, inicialmente nos ciclos das estações e colheitas, passando para o método científico. Medir o tempo de uma reação ou de um fenômeno, na física ou na química, é fundamental.

Quando a matemática evoluiu para a representação gráfica, transferiu para as suas “filhas e dependentes” - a física e a química – as curvas e as escalas. Então os fenômenos que evoluem em função do tempo começaram a ser representados no plano cartesiano, na forma de um fator contra o tempo.

O Tempo pode ser então classificado como uma invenção, uma das mais úteis, do homem. Mas quando se fala em Tempo, ele é puramente conceito. Ele se torna concreto e quase palpável quando visto como INTERVALO. Este sim pode ser visualmente representado. Não existe um Tempo estático, portanto ele não pode ser representado por um Ponto. Se o pudesse, significaria que TODO o Tempo foi comprimido em um único local SEM EXTENSÃO.

Uma metáfora quase chega ao Tempo comprimido em um Ponto: a Vida. Quando se fala na existência de uma pessoa, diz-se: “A Vida daquele Senhor foi muito longa”. A palavra Vida se reduz a um ponto, mas a expressão “foi muito longa” denota Intervalo.

E, portanto, como a única representação válida do Tempo é o intervalo, ele estabelece princípio (ou início) e término (fim).  

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