O diagrama a seguir ilustra a Relação Básica Varejista-Estoque-Cliente:
É uma relação ternária, discutida anteriormente neste Blog. O grafo da Empresa também é ternário, mas foi simplificado aqui para facilitar a compreensão.
O texto à direita da figura já está normalizado para compor informação útil. As Entidades estão em letras maiúsculas em sua primeira ocorrência.
A Informação nasce de Relações. Onde não existem Relações, ainda não existe Conhecimento, pois este é feito às custas daquelas. O cérebro, através de suas redes neurais estabelece relações à proporção biológicas de 1 para 10000. Isto é muito mais que um ser humano possa especificar em suas teorias, manuais ou normas, mostrando como estamos muito aquém do desejado.
O cliente
O cliente é o alvo, e quem o considera apenas um "objeto abjeto" que só serve para comprar bens e pedir serviços está desprezando seu meio de vida. O estoque é feito em função do cliente. O produto é desenhado em função dele também.
Então, faz-se mister conhecer o cliente. Até hoje, pedem-se informações puramente para faturamento, tais como:
- Nome
- CPF
- Endereço [Cidade][Bairro][Rua][CEP]
- Telefone Residencial
- Telefone Celular
- Estado Civil
- Local de Trabalho
Talvez a única informação que fornece subsídios ínfimos para traçar um perfil do cliente seja o endereço. A área residencial do cliente pode dar pistas sobre a sua renda. No entanto, com os bairros se tornando cada vez mais heterogêneos, isto redunda em nada.
O verdadeiro perfil é dado pela entrevista direta na captação e no pós-venda. É o relacionamento direto, complementado por pesquisas de tendência. A Internet vem fazendo isto subliminarmente. O email é atrelado às preferências dos "cliques" que o consumidor efetua.
As informações que devem ser extraídas dos clientes devem ser relativas aos seus gostos e preferências, locais onde gosta de ir e os meios que para isto se utiliza. Ter ou não filhos pode interessar muito mais que simplesmente dizer se é solteiro ou casado. A idade destes filhos é altamente relevante. Ter ou não um veículo ou mais também é uma medida da tendência que a pessoa tem ao consumo ou à despesa.
Em resumo, o perfil do cliente não está nas informações para identificá-lo com o fim de garantias de pagamento e sim naquelas que o classificam na categoria de poder de consumo.
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